Muitos especialistas em nutrição andam reclamando que há muito tempo a quantidade de vitamina D que o governo diz necessário está errada. Quando o Institute of Medicine (IOM) disse em 2010 que a quantidade diária era de 600 IU, o respeitado professor de Harvard, Walter Willett, um dos principais pesquisadores da dieta mediterrânea, declarou que essa quantidade não era suficiente, especialmente para as pessoas que vivem em lugares que há pouco sol.
Agora, novas descobertas confirmaram o que todos temiam: essas recomendações realmente são equivocadas. Pode ser que as pessoas precisem de pelo menos 10 vezes mais desse nutriente vital.
Este erro veio à tona em outubro de 2014, quando dois cientistas de saúde pública da Universidade de Alberta, no Canadá, publicaram um estudo na revista Nutrients. Eles voltaram a pesquisar o antigo estudo, e descobriram um erro estatístico: O instituto tinha baseado as suas recomendações de vitamina D em cima de uma média que era muito baixa para atingir os níveis saudáveis no sangue.
Depois de estudar novamente esses números, descobriram que os adultos precisam de mais de 8.000 UI para atingir níveis saudáveis, embora eles hesitaram em recomendar tais doses elevadas, já que nenhum dos voluntários que participaram deste estudo tinha tomado mais de 2.400 UI por dia.
Em março de 2015, pesquisadores da Universidade de San Diego e da Universidade Creighton, ambas na Califórnia, Estados Unidos, deram um passo além e enviaram o que descobriram em forma de carta para a mesma revista – Nutrients.
Eles analisaram diversos novos estudos, em que as pessoas tomavam níveis muitos mais altos de vitamina D, e foram capazes de confirmar a pesquisa canadense.
As novas descobertas sugerem que a recomendação diária de vitamina D deve ser em torno de 7.000 UI.
Embora até 10.000 UI por dia seja considerado seguro, o professor associado de medicina clínica da Michigan State University, dos Estados Unidos, James E. Dowd, acredita que ainda não está claro quanto deve ser a dose diária.
A deficiência de vitamina D é um dos problemas de saúde mais comuns
O erro é especialmente preocupante, uma vez que a deficiência de vitamina D é um dos problemas de saúde mais comuns em todo o mundo. Estima-se que cerca de 30 a 50% das pessoas, tanto crianças como adultos, sejam deficientes.
A baixa em vitamina D tem sido associada a fraturas ósseas, doença cardíaca, câncer, diabetes e demência.
O que você deve fazer?
A melhor maneira de certifica-se de que você está recebendo a quantidade suficiente de vitamina D é pedindo um exame de sangue. Os seus níveis devem ser entre 45 a 50 ug/mL.
Se você é deficiente nesta vitamina, fale com o seu médico para encontrar a dose do suplemento certa para você.
Você pode obter vitamina D a partir da gordura de peixe, queijo, fígado, ovos, alimentos enriquecidos como cereais e leite, e exposição ao Sol.
Outro aspecto a ter em mente, diz Dowd, é que quanto mais você pesa, mais vitamina D você deve precisar. Além disso, conforme as pessoas vão envelhecendo, a “maquinaria” que cuida da vitamina D no corpo desacelera. Com tudo isso, é importante prestar atenção nos seus níveis de vitamina D para poder se cuidar.
Fonte: Mundo Boa Forma
Você acredita que precisa aumentar seu consumo de alimentos com vitamina D e sua exposição ao Sol? O que seus exames recentes disseram? Comente e compartilhe!