A operação Carne Fraca, da Polícia Federal, apontou uma série de fraudes cometidas por grandes frigoríficos que em troca de propina, liberava produtos sem fiscalização, como mortadela, salsicha, carnes, aves e até ração animal.
A irregularidade cometida ia desde a re-embalagem de produtos vencidos e excesso de água para aumentar o peso das mercadorias até uso de cabeça de porco na produção de linguiça, o que é proibido.
O produto para “maquiar” a carne é o ácido ascórbico (vitamina C) e o ácido sórbico, que também é usado como conservante. O uso dele foi feito de forma exagerada, extrapolando as quantidades permitidas.
Essas substâncias podem causar câncer. No entanto, apenas quem tem uma exposição prolongada a elevadas doses dessa substância teria risco de desenvolver algum tipo de câncer.
Para saber como você pode identificar se a carne que você compra está boa, a dica é você fazer alguns testes sensoriais na sua casa:
1. Em primeiro lugar, olhe a cor da carne bovina. Tem de ser vermelha, puxando para cereja. Carne marrom indica que já pode haver um processo de deterioração. E fuja da carne esverdeada.
A exceção é na hora de abrir o pacote da carne embalada a vácuo. Ao abrir a embalagem, ela cheira bem forte, mas esse odor passa logo. Se persistir, não consuma.
3. Fique atento ao toque. Quando uma carne está para estragar, sua textura pode ficar viscosa. Quando você toca, parece que a superfície está limosa ou pegajosa.
4. Já a carne de frango, que tem uma coloração leve, só muda de cor quando está muito estragada. O melhor é tocar na carne. Ela tem de ser firme ao toque.
E não compre aquela peça meio congelada, meio descongelada. Isso é sinal de que ela não foi acondicionada direito.