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Olá lindos,

Lembram do post onde falei sobre o exame  e os sinais que indicam que você pode ser sensível a algum alimento? Mas como determinar se o glúten está causando problemas e se é uma necessidade absoluta retirar ele da sua alimentação. Hoje, eu quero expandir a conversa sobre glúten e discutir a forma de “comer sem glúten” e como manter uma dieta saudável.

Talvez você seja uma pessoa intolerante ou esteja interessado em saber se um estilo de vida sem glúten pode ajudar a se sentir melhor. De qualquer maneira, afirmo: Uma dieta sem glúten não é necessariamente uma dieta saudável (mas pode ser sim, e eu vou lhe mostrar como).

Pra começar, vamos olhar os prós e os contras de uma vida sem glúten.

Bem, primeiro de tudo se você tem doença celíaca, já sabe que o glúten lhe faz muito mal. E além de cortar o glúten da sua alimentação aconselho também a verificar glúten na sua pasta de dentes, sabão em pó e desodorante também, ok?

Mas para aqueles que não são celíacos, mas já retiraram e se sentem muito melhor reduzindo o glúten em sua dieta, preciso lembrar de um passo grande que deu:

1. Está comendo mais alimentos integrais. Ao retirar o trigo da sua vida a chance de você ingerir mais batata-doce, quinoa, feijões, lentilhas, milho, arroz e outras alternativas sem glúten! Essas opções são mais ricas em nutrientes e são combustíveis muito melhores do que farinhas refinadas.

2. Está comendo menos doces açucarados. Bolos, biscoitos, brownies, tortas… Estes doces são feitos com produtos de trigo contendo glúten (boooo!). Dizendo adeus ao glúten pode significar que você não está mais debruçado no pote de biscoitos, e sim, indo mais em busca de doces como frutas ou chocolate amargo.

3. Você melhorou a função da tireoide. Celíaco ou não, retirar o glúten ajuda a melhorar a função da tireoide, caso você tenha algum desequilíbrio como Hipotireoidite de Hashimoto.

Neste ponto, você pode estar pensando: Bem, isso tudo soa muito bem, Karen… Dieta sem glúten, aqui vou eu! Não tão rápido, meu bem. Se você não for cauteloso e seguir uma vida livre de glúten você pode cair em armadilhas.

Aqui estão algumas armadilhas da vida sem glúten:

1. Ser enganado por rótulos. Mais uma vez, “sem glúten” não significa necessariamente “saudável”. Pães e salgados assados, “sem glúten”, são frequentemente feitas de arroz, batata e milho e contém muito menos fibras do que outros alimentos com glúten (farelo de trigo é ótima fonte de fibras insolúvel). E ainda, há os itens “natural sem glúten” que os comerciantes apenas retiram o trigo (glúten) mas mantém os aditivos, conservantes, açúcar, etc. Comece a perceber, o marketing que gerou em torno do “sem glúten” quando você vê produtos como açúcar, chocolate recheado, caramelo, xarope, paçoca, cocada, óleo… todos zero glúten. Veja como uma dieta sem glúten pode facilmente tornar-se confusa, se você não tiver cuidado.

2. A conta do supermercado. Uma demanda de produtos “sem glúten” nos últimos anos aumentou consideravelmente e assim os produtos sem glúten estão cada vez mais caros e, às vezes, até três vezes mais o custo das versões regulares (biscoitos, pães, barras de cereais etc.). Eu fico chocada e uma dica que sempre digo é: sempre que possível, cozinhe seu carboidrato. Compre apenas produtos industrializados como barras e pães somente se necessário, o ideal é procurar fazer ovos, tapiocas, batata-doce, sucos verdes no café da manhã.

3. Aumentando a ingestão das calorias. Muitas pessoas evitam o glúten pensando que vai ajudá-los a perder peso, mas se você está apenas substituindo por alimentos ricos em carboidratos (e açúcar!) como pães sem glúten, bolo sem glúten, pizza sem glúten, isto pode estar fazendo mais mal do que bem. Caso o seu foco seja perda de peso, diminua também o consumo destes alimentos no seu dia a dia, mesmo que sejam sem glúten.

Os 3 passos para ter uma vida sem glúten saudável:

1. Coma mais alimentos ricos em fibras e grãos no lugar do glúten (trigo, cevada e centeio). Tente incluir a quinoa, amaranto, trigo sarraceno (ele não contém glúten), aveia sem glúten, pipoca, farinha de arroz, batata e milho. Uma dica que pode ajuda é escolher produtos que tenham, pelo menos, 4 g de fibra por porção.

2. Prepare o alimento a partir do zero. Sim, eu sei que demanda um pouquinho mais de tempo, mas com organização vai que vai e vale a pena. Os produtos prontos tipos de caixinha de produtos de panificação sem glúten não apenas são caríssimos, mas eles dependem muito de conservantes e ovos para imitar o “grude” que o glúten favorece a massa. Confira aqui no site algumas receitas de pães sem glúten que vão lhe ajudar bastante!

3. Seja criativo com legumes. Feijões e lentilhas são lotados em nutrientes e são um substituto perfeito (mais que perfeito!) para as farinhas e os alimentos que contêm glúten. Você ainda pode usar feijões para fazer bolachas e biscoitos!

 

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